sábado, 5 de setembro de 2009

O Sexo Virtual – A Nova era do sexo
Por Cássio dos Reis


Vivemos hoje uma nova modalidade sexual, o Sexo Virtual.
O domínio do computador por um número cada vez maior de pessoas, aliando as facilidades dos envolvimentos à distância e a privacidade oferecida pela Internet.
Os desejos e fantasias se expressam de forma explícita e ao mesmo tempo, sigilosa, pelos caminhos da net, desencadeando uma nova e não menos grave moléstia, os viciados pelo sexo virtual.
Pesquisas revelam que os Estados Unidos são hoje detentores de mais de dois milhões de pessoas viciadas em sexo virtual. Pessoas que chegam a navegar entre 15 a 20 horas por semanas nos sites de sexo, no Brasil não temos dados estatísticos, mas certamente somos também detentores de um número respeitável de brasileiros, viciados em sexo virtual.
O que acaba acontecendo é que os relacionamentos pré-existentes se tornem tão frágeis que muitos casamentos e relações estáveis acabam se desfazendo.
As pessoas criam uma fantasia tão mágica com relação a necessidade da própria sexualidade que o sexo se transforma em excitamento tão imediato que o simples fato de estar frente ao computador, pode desencadear um estímulo sexual enorme.
São homens e mulheres que vivem as próprias fantasias sexuais através de imagens e simulações que levam a uma excitação tamanha que as torna sexualmente satisfeitas, eliminando assim, a sensação da necessidade real do contato sexual.
A pessoa passa a viver a própria sexualidade de forma virtual, sem o contato com o outro, numa forma velada de masturbação, aparentemente com a imagem do outro. O isolamento e a privacidade ficam de tal forma exclusivos que somente as pessoas colocando os computadores em locais visíveis, poderão se proteger deste enclausuramento virtual.
O policiamento pessoal e a determinação, serão aliados importante no combate a este auto-isolamento virtual, pois a compulsão a visitar os sites de sexo, faz com que as pessoas vivam uma desestabilização psicológica, o sexo passa a ter o significado da realização imediata do desejo, sem o verdadeiro empenho na conquista ou interação pessoal.
A grande verdade é que o sexo virtual é um novo desvio da sexualidade.
Uma nova conduta sexual se instaura, o trabalho psicoterápico, parece ser o caminho mais eficiente no combate a suas causas.
O sexo pode e deve ser divertido, excitante e a fantasia é sua grande aliada para um excitamento agradável e prazeroso, mas é com carinho, toque, comunicação e atmosfera da relação com o outro a grande solução para a realização sexual, sem falar do pleno prazer proporcionado no contato com o parceiro.
Transformar o desejo e desenvolvimento sexual numa exclusiva atitude virtual, poderá convergir mais cedo ou mais tarde em transtornos conseqüentes, tais como impotência ou apatia sexual.
O prazer sexual, tenderá a se fechar em um mundo tão virtual, que o contato com o outro tenderá a ser visto como um retrocesso, o que definitivamente não é verdade.
O sexo é um complemento da relação, e precisa da conivência e da participação do outro, a fantasia pode ser o tempero, mas não deve ser o único meio de excitação e realização sexual.
O sexo virtual, quando vivido de forma sistemática, pode acarretar como conseqüência a destruição de relacionamentos e carreiras profissionais, uma vez que o foco do desejo fica centrado na virtualidade do prazer sexual, contribuindo para um isolamento perigoso e doentio.
Os relacionamentos a distância são sempre muito sedutores, a realidade nem sempre.
É necessário aprender a lidar com as diferenças, a virtualidade acaba anulando esta necessidade, o perfeito idealizado parece real.
A virtualidade pode favorecer as situações sexuais novas, através da máquina, a pessoa, pode dar vazão as mais variadas fantasias, pode se excitar ao ponto de produzir um grande orgasmo, com a masturbação da era virtual.
A gravidade da situação não é a coisa em si, mas a compulsão que pode tornar esta forma de excitamento com a única válida na vivência da própria sexualidade, aí começam os transtornos psicológicos, a materialização do conflito sexual.
A Net pode ser uma grande cortesã, uma aliada nos relacionamentos, pois facilita que as pessoas se expressem mais e melhor o pensamento se transformando em palavras bem elaboradas, é o sentimento aparecendo com mais transparência.
A virtualidade precisa ser usada como uma grande aliada no desenvolvimento dos relacionamentos e da própria sexualidade, saber usar a favor e não contra, os benefícios serão expressivos.
A facilidade que o virtual fornece é que provoca seu uso inadequado e excessivo, transformando o sexo, em sua primeira vítima, principalmente porque mascara as verdadeiras dificuldades sexuais.
Como podemos nos esconder atrás e através da máquina, a fantasia e os desejos podem ser vividos de modo explícito, sem o risco da timidez, da vergonha e da loucura.
O sexo virtual nada mais é do que uma forma de masturbação como tratamos acima, o que pode até ser salutar, o problema portanto não é a masturbação virtual, mas a exclusividade da vivência sexual virtual.
FIM
* Reportagem enviada pela colaboradora Gabrielle Myriad.
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Vou ser o primeiro a levantar o copo, e dizer que concordo com tudo que aqui está escrito!...Quando me declaro contra tudo o que dispensa a aproximação real, dizem que sou antiquado e me criticam. Bom, enquanto eles dizem isso, para não perder o amigo eu sorrio! Mas penso, "Cáspita, eu sou normal!"....


Enviem reportagens, textos interessantes...comentaremos aqui!...

5 comentários:

  1. bello, eu acho que é o fim dos tempos. o que tem de gente que fica na moita fazendo isso e depois vem com cara de padre marcelo ou de irmã dulce é de assustar...hsuhsauhsaushausha. adoreim isso aqui no seu blog. vou passar todos os dias. Valter.

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  2. é a mais pura verdade. vc sempre diz que o pessoal fica lambendo a tela e o cara que inventar um mouse vibrador vai ficar rico kkkkkkk. como é q vc diz? tomem tento!!! kkkkkk . bjs, Lidia.

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  3. eu sou normal tb! Lidia. kkkkk

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  4. Legal vc ter levantado essa bola. acho que todos deveriam mesmo repensar as atitudes e ver ate que ponto o uso que se faz da net traz algum beneficio. como forma de distraçao e conhecimento de pessoas, fazer amizades e uma coisa, mas muitas pessoas usam com maldade. nao e so sexo, tem o lado das ofensas e dos perigos das pessoas eu ficam sempre escondidas querendo fazer algum tipo de mal. afinal, eu acho que quem se esconde por tanto tempo atras da maquina tem nao so a carencia mas pode ter tambem a intençao de prejudicar ao inves de ajudar. mas achei legal essa reportagem e espero qe vc coloque mais assuntos assim a gente le e percebe que o dificil nao e ser louco na net, é ser normal. luis. parabéns pelo blog ficou dez.

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  5. Levanto meu copo contigo... e brindo aos antiquados, que bom ter descoberto que faço parte da normalidade. Adorei esse bar... Frequentarei com assiduidade. Smach nas bochechas, Elisabete

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